2017-03-30

003. Cozinhando com o Coração

Arroz Oriental, Bolinho de cará, Cuscuz Marroquino, Homus Tahine, Sorvete de banana e morango
RECEITAS DA SEMANA: Arroz Oriental, Bolinho de Cará, Cuscuz Marroquino, Pasta Homus Tahine e Sorvete de banana e morango.

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1. Arroz Oriental (vegano)

Para 5 pessoas

Ingredientes:
2 xícaras de arroz integral (use o tipo de sua preferência)
1 maço pequeno de brócolis americano
2 cenouras
2 abobrinha italianas
1 maço de salsinha crespa
1 xícara (chá) de amendoim torrado, sem casca
2 colheres (sopa) de gergelim preto
Sal a gosto
Vinagre balsâmico
Óleo de gergelim torrado

2017-03-24

O que devo fazer para me conhecer: Krishna revela a Draupadi os Cinco Pilares da Cultura Sintrópica (Śuddha Dharma)

Five Stones
No Mahābhārata1, a princesa Draupadi – destinada a ser a esposa dos cinco príncipes Pāṇḍavas –, surge do fogo! Não conheceu a infância, nem se recorda de sua origem divina. Assim como o príncipe Arjuna, seu primeiro esposo, ela também encontra em Krishna um sacerdote e mentor espiritual. Draupadi sente verdadeira admiração pela estatura e autoridade espiritual de Krishna e por isto sempre que o destino lhe coloca ante um dilema moral e ético, busca o seu conselho e auxílio.  É a ele a quem dirige a pergunta: a fim de saber quem sou eu, o que devo fazer? Em resposta, ouve de Krishna que ela deve adequar-se à essência pura (śuddha) da consciência de sagrado (dharma), antes que às convenções sociais e morais (varṇāśrama-dharma). Necessita estabelecer-se nos cinco pilares onde se assenta o puro dharma que regula a cultura sintrópica: jñāna (conhecimento), dhairya (determinação, compostura e paciência), prema (amor universal e compaixão), samarpaṇa (dedicação, oferecimento, entrega) e nyaya (justiça). Krishna dá de presente a Draupadi cinco pedras de cristal azul que representam estes cinco fundamentos da cultura sintrópica e lhe diz: “sempre que você estiver em dúvidas, ou com qualquer problema, contemple estes cristais, eles simbolizam os cinco pilares do puro dharma”.

2017-03-22

002. Cozinhando com o Coração

Molho Pesto, Quibe de abóbora, Babaganuche, Berinjela com tomate, Bolo de Mel sem ovos e os segredos para não oxidar a Salada de frutas
Vegetarianos famosos.
RECEITAS DA SEMANA:  Molho Pesto, Quibe de abóbora, Babaganuche e berinjela com tomate, Bolo de Mel e Salada de frutas.


1. Molho Pesto (vegetariano) ou vegano (sem o queijo parmesão)

Para 5 pessoas

Ingredientes:
1 maço de manjericão fresco
50g de amêndoas (opcional: nozes ou castanha do Pará)
50g de parmesão
2 colheres (sopa) de um bom azeite
1 concha de água quente
Sal e pimenta (a gosto)
Suco de meio limão (ou 1 inteiro, de acordo com sua preferência)
1 dente de alho amassado

2017-03-21

Convergindo para a Pura Morada do Ser (Mestre de Si Mesmo)

O Guardador de Rebanhos
Qual dos "eus" guarda o rebanho?
Pretendo refletir nos artigos deste capítulo sobre algumas das questões filosóficas abordadas no Mahābhārata e na Bhagavad Gītā e descrever como fui aprendendo, na prática, a exercer a escuta desta voz interior a quem Fernando Pessoa chamava de Alberto Caeiro, o seu mestre – "Mestre, meu mestre querido! Coração do meu corpo intelectual e inteiro!" Conforme o próprio Fernando Pessoa esclarece em Carta a Adolfo Casais Monteiro, em 13 de janeiro de 1935, "o aparecimento de alguém em mim, a quem dei desde logo o nome de Alberto Caeiro", "foi o dia triunfal da minha vida".  Assim surgiu o seu consagrado O Guardador de Rebanhos.

2017-03-15

Bhāvana Namaḥ: cozinhando com o coração

Vegetarianismo, veganismo e a arte de amar.
Vegetarianismo, veganismoa arte de amar.
Esta seção sobre a alimentação do corpo e da alma é desenvolvida pela Cássia Curan Turci, minha esposa, que, além de atuar como docente, nas áreas de ensino, pesquisa, extensão e administração na UFRJ, tem quase quarenta anos de experiência com a culinária vegetariana e vegana. Cássia, inclusive, é uma das responsáveis pela inclusão das opções vegetarianas nos refeitórios universitários (RUs) da UFRJ. Em 2009, época em que o Prof. Carlos Levi era Pró-Reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR3) e queria se candidatar a reitor, as direções das Unidades que tinham cursos noturnos, começaram a se reunir para tratar de assuntos que diziam respeito a esses cursos (transporte, alimentação, servidores, etc...). Estas reuniões aconteceram até 2011, culminando com a eleição do Prof. Levy, para o mandato de 2011 a 2015. Em meados de 2010, durante o período em que o Refeitório Universitário localizado na Educação Física estava quase pronto, por sugestão do Prof. Levi, as reuniões passaram a ocorrer naquele refeitório, para que as receitas que estavam sendo desenvolvidas pudessem ser experimentadas por todos. A Profa. Elizabeth Accioly, diretora do Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC) e os participantes das reuniões logo perceberam que Cássia nunca experimentava nada. Não sabiam que isto se devia ao fato de que todos os pratos eram à base de carne e ovos. Quando perguntaram a ela o porquê daquele gesto que, em princípio, parecia elitista, Cássia esclareceu que era vegetariana desde os idos dos anos oitenta. Aproveitou a oportunidade para dizer que achava importante dar opções vegetarianas aos alunos. A ideia foi bem aceita e foi assim que a alimentação vegetariana logo foi incluída nos cardápios dos restaurantes universitários por todo o Brasil.

001. Cozinhando com o Coração

RECEITAS DA SEMANA: Cuscuz de abobrinha, Arroz com lentilhas, Salada verde com molho de abacate, Trufa e Suco Verde.


1. Cuscuz de abobrinha (vegana) 

Esta receita tem uma base que pode ser utilizada para diferentes tipos de cuscuz. No lugar da abobrinha, pode se utilizar palmito e ervilha, berinjela, entre outros.

Para 10 porções

Ingredientes:

2 cebolas tamanho médio, cortadas em quadradinhos pequenos
5 tomates cortados em quadradinhos pequenos
1 xícara de azeitonas verdes (ou pretas) picadas, sem caroço
1 pimentão vermelho ou amarelo (opcional)
5 abobrinhas raladas (pedacinhos longos)
farinha de milho em flocos ou grãozinhos
sal a gosto
pimenta (opcional)

2017-03-14

A Revolução do Altruísmo: a consciência sintrópica como base da teoria social anunciada na Gītā

Psicopolítica e teoria social
Neste ensaio meu ponto de partida é o Mahābhārata1, que pode ser compreendido como um grande jogo de xadrez político entre dois dos maiores estrategistas políticos da história da humanidade: Krishna, o príncipe negro que promove a revolução do altruísmo e movimenta as peças do lado dos virtuosos Pāṇḍavas; e Shakuni, o mestre da trapaça, que movimenta as peças com igual maestria do lado dos corruptos Kauravas. Em especial, me detenho no capítulo do Mahābhārata intitulado como Śrīmad Bhagavad Gītā, ou simplesmente, Bhagavad Gītā, que é onde Krishna transmite a Arjuna a estratégia e a tática da práxis sintrópica (Naiṣkarmya), representada pela precedência dos anseios superiores (Śreyas) do sagrado coração sobre aqueles de natureza passional e inferior (Preyas) da mente emocional.