2017-02-09

Palestra e Curso de Roteiro com Luiz Carlos Maciel


Compartilho com os amigos o vídeo com o jornalista, roteirista, escritor e filósofo maior da contracultura, Luiz Carlos Maciel, que falou em 05/02/17 para o nosso grupo de estudos e meditação e amigos sobre a sua obra e a expressão dramática em geral  (clique aqui para as fotos).

2017-02-03

O que é a Cultura Sintrópica de Paz e Amor (Śuddha Dharma)?

O śuddha (essência, puro) dharma (sagrado) constitui a matéria, por excelência, de que trata a Bhagavad Gītā.
Gītopadeśa: O ensinamento da Gītā
1. A Bhagavad Gītā como uma expressão da Filosofia Sintrópica na práxis

Presente em todas as culturas, a discussão sobre a práxis da Filosofia Sintrópica tem início com os antigos Ṛṣis1 do período védico da Índia e encontra o seu clímax no diálogo da Bhagavad Gītā, quando Krishna revela a Arjuna a arte (yoga) e a ciência (vidyā) da meditação no Absoluto (Brahman). O objetivo deste ensaio é mostrar que o sentido deste ensinamento (Gītopadeśa) sobre a natureza essencial (śuddha) do sagrado (dharma) é a instauração lenta e gradual de uma cultura universal e sintrópica (śuddha dharma), capaz de conciliar e harmonizar todas as demais.

Bhagavad Gītā chegou ao Ocidente em 1785, traduzida para o inglês por Charles Wilkins. Constitui-se, não propriamente como uma Escritura Sagrada – visto ser um Poema Filosófico –, mas como a Escritura das Escrituras Sagradas, ou seja, aquela capaz de revelar, nas demais, a presença das mesmas sementes da Filosofia Sintrópica universal. Por estruturar-se como um poema filosófico, a Bhagavad Gītā não estabelece, de forma rígida, a dicotomia entre o sagrado e o profano. Pelo contrário, expressa-a, sob o prisma de śraddhā2, o sentimento sintrópico que se constitui como o tema transversal dos textos sagrados da grande maioria das diferentes tradições religiosas.